26 março 2013

''Enjoy The Silence''





Capítulo 6



Créditos:Bruna Dugrey 


Fiquei na varanda que rodeava todo o hotel por mais de meia hora, olhando o céu estrelado, ouvindo alguns grilos cantando, a fraca batida da música que vinha do salão de festas... Tudo uma grande chatice! Até que escutei barulho de saltos e virei bem a tempo de ver Lua passar pelo balcão onde eu estava.
- Mas já? O cara da tequila broxou? – falei alto sem me mexer. Segundos depois ela apareceu na porta da varanda. Com uma expressão surpresa no rosto.
- Na verdade, ele foi ótimo! – ela se recompôs bem rápido e sorriu sem se aproximar - E você? A vadiazinha não te satisfez?
- Já ouviu falar em rapidinha? – rebati e ela rolou os olhos. Passei por ela, caminhando pelo corredor até meu quarto e antes de fechar a porta, acrescentei – E preciso dizer: uma das melhores rapidinhas da história – bati a porta e fiquei esperando ouvir os passos dela, mas ao invés disso, ouvi três batidas na porta. Abri e encontrei Lua parecendo decidir se estava mais furiosa ou incrédula.
Uma das melhores rapidinhas da história? – ela sibilou ao me dar um empurrão no ombro – Pois fique sabendo que eu tive um orgasmo! Isso mesmo, Aguiar! O... O cara da tequila me fez ter um orgasmo!
- O nome dele é George! – corrigi sem perceber, sem saber se eu estava furioso ou incrédulo.
- Que seja! – Lua sorriu vitoriosa e virou as costas. Mas não deixei que ela desse dois passos. Puxei-a pelo braço para dentro do quarto e tranquei a porta – Aguiar? Mas que porr... – prensei-a contra a parede e colei nossos lábios. Em menos de dez segundos Luinha já tinha colocado as duas mãos em minha cintura e aberto a boca, deixando nossas línguas se encontrarem. Segurei seu rosto com uma das mãos e a lateral de seu quadril com a outra. Me forcei mais contra ela e Lua respirou fundo antes de colocar as mãos dentro da minha camiseta. As mãos dela estavam frias e minha pele quente e, quando Luinha as passou da base das minhas costas até meus ombros, me causou uma série de arrepios. Mordi seu lábio inferior e olhei para minha mão que estava em sua coxa, por baixo do vestido, sorri de um jeito pervertido ao puxar aquele pedaço de pano para cima e logo jogá-lo no chão. O biquíni preto parecia gritar por atenção naquele quarto iluminado somente pela luz que entrava pela janela. Luinha não perdeu tempo e tratou de jogar minha camiseta tão longe quanto eu tinha jogado seu vestido. Então, com uma das mãos em minha nuca, começou a beijar meu maxilar, descendo até meu pescoço com algumas mordidas e chupões, enquanto a outra mão tratava de fincar as unhas em minhas costas, deixando claro que ela queria me deixar bem marcado.
Eu mesmo abri a bermuda que começava a me irritar e senti o pano cair por minhas pernas. Dei alguns beijos curtos nos lábios entreabertos deLuinha, uma das mãos a segurando firme pelos cabelos e a outra apertando sua bunda, fazendo Lua suspirar. Mordi seu pescoço, então beijei seu ombro, depois desamarrei seu biquíni e vislumbrei seus seios completamente enrijecidos subindo e descendo com a respiração descompassada da garota linda que me olhava em expectativa, dei mais um selinho na boca de Luinha no mesmo momento em que minhas mãos envolviam seus seios e pela primeira vez na noite Lua gemeu meu nome. Apertei, massageei e acariciei os seios dela por alguns minutos, enquanto ela respirava fundo e algumas vezes sussurrava meu nome. Aquilo não estava certo. Eu queria que ela gritasse meu nome. Repetidas vezes. Então coloquei um joelho entre as pernas dela e a segurei pela cintura, sorri de lado antes de descer minha boca até os meus novos objetos de obsessão. Dessa vez ela gemeu mais alto e afundou mais as unhas em meus ombros quando mordi o bico de um de seus seios. Provoquei-a por mais alguns minutos, atéLuinha me puxar pelos cabelos e fazer nossas bocas se encontrarem num beijo desesperado. Ela me empurrou o suficiente para desencostar da parede e começar a andar, sem partir o beijo. No caminho, nos desfizemos da minha boxer e da calcinha dela, então a coloquei na cama e logo me deitei sobre ela, entre suas pernas. Me apoiei nos cotovelos para pegar uma camisinha no criado-mudo e depois parei para olhar direito para Lua, pra ter certeza que ela estava mesmo ali, depois de quase dois anos desde a última vez que havia transado com ela.
- Que é, Aguiar? – a voz dela não passava de um sussurro falho. Seu rosto estava corado e os cabelos muito bagunçados. Nunca a tinha visto mais bonita. – Não precisa ter medo de me machucar… Não é como se fosse minha primeira vez… Já fiz isso muitas vezes – ela sorriu daquele jeito que eu não gostava. Ela estava sendo a Lua que eu detestava. Mas era tarde demais pra voltar atrás...
Coloquei a camisinha sem falar nada e sem olhar para Lua, a penetrei com força. Ela suspirou alto e se moveu de encontro ao meu corpo, me puxando contra si. Mas eu não me mexi. Fiquei parado, meu pênis pulsando dentro dela, todo meu corpo vibrando de desejo, mas eu não me movi até ela perceber que tinha algo de errado e me olhar nos olhos.
- O que foi? – ela sussurrou com a testa franzida. Encaixei minha mão entre a cabeça dela e o travesseiro e agarrei um punhado de cabelos, e com a outra mão ergui um pouco seu quadril, a penetrando mais profundamente. Ela apertou as coxas em volta do meu corpo sem tirar os olhos dos meus.
Eu odeio você – disse sério e consegui ver seus olhos se arregalarem antes que eu tirasse meu membro completamente de dentro dela e o colocasse de volta com mais força que a primeira vez. 
Então ela gritou. De surpresa, prazer ou dor. Não sei dizer por qual o motivo, e realmente não me importava. Mas ela gritou meu nome. Repetidas vezes, enquanto eu segurava seu quadril com a mão, indo cada vez mais forte, mais rápido e mais fundo. 
Não a olhei, nem a beijei em nenhum momento. Atingi meu limite, mas não diminui a intensidade nem a velocidade dos movimentos até ela se agarrar em mim e gritar uma última vez antes de estremecer e se jogar contra os travesseiros com a respiração fora de controle. Saí de dentro dela e senti minhas pernas bambas ao caminhar até o banheiro.
Fechei a porta, joguei a camisinha no lixo e liguei o chuveiro para que o barulho da água encobrisse o som do soco que dei na parede. Mas que merda! Lua sempre fodia tudo! Por que ela tinha que agir daquele jeito? Por que ela não podia ser a Lua de antigamente?
Ela já tinha feito aquilo várias vezes? Que ótimo! Tomara que aquela tenha ficado na história. Ela tinha conseguido a porra do orgasmo no fim das contas, não tinha?
Minhas mãos tremiam de raiva. Eu realmente odiava essa nova Lua. Eu me odiava por deixá-la fazer isso comigo.
Fiquei alguns minutos debaixo do chuveiro até me sentir mais calmo, enrolei uma toalha na cintura e respirei fundo antes de abrir a porta, pronto pra aturar mais piadinhas cínicas de Lua. Mas ao entrar no quarto... Ele estava vazio. Se a cama não estivesse toda bagunçada e minhas roupas pelo chão, ninguém imaginaria que Lua sequer esteve ali.
***

Arthur querido, bom dia – Claire me recebeu na sala de jantar da fazenda no dia seguinte com um sorriso carinhoso. Depois que Lua saiu do meu quarto no hotel, levei quase três horas para dormir. Não conseguia parar de pensar nela. Então quando acordei no dia seguinte, funcionários do hotel me deram o recado que Chay e Mel haviam voltado com Lua para a fazenda logo cedo. Ela havia recebido uma ligação de Londres e a queriam num filme de Quentin Tarantino! Quando cheguei à propriedade dos Blanco, Mel estava reservando uma passagem para Lua no próximo voo para Heathrow, Chay estava ao telefone contando para os pais que essa era a oportunidade perfeita para Lua se reerguer. Claire me obrigou a tomar café da manhã mesmo estando perto da hora do almoço e comentou que Lua tinha recusado qualquer comida e se trancou no quarto – Ela parecia tão abatida. Nem parecia que tinha acabado de ser convidada pra fazer um filme de um diretor que ela gosta tanto.
- Estranho, né? – comentei sem prestar atenção a senhora que servia suco de laranja para mim.

Lua! Vamos! Se demorar mais dois minutos, você vai perder seu voo! – Chay gritava ao pé da escada, enquanto eu levava as malas de Lua para o carro. Tínhamos almoçado, depois eu assisti algumas partidas de Mel contra Chay no Guitar Hero, e durante todo esse tempo Lua ficou em seu quarto, só recebendo Claire.
Luinha? Querida? – Claire começou a subir as escadas quando Lua apareceu no topo dela. Estava com um vestido azul comportado, chinelos brancos e os cabelos estavam soltos. Do jeito que eu sempre elogiei. Ou elogiava. Chay a olhou perplexo, assim como Mel. Claire sorria abertamente – Está linda, meu bem.
- Obrigada – a voz dela saiu tão baixa que eu quase não percebi que ela havia agradecido. Ela usava óculos escuros tão grandes que eu não podia dizer se ela estava com aquela cara esnobe de sempre ou não. Ela foi até Claire e a abraçou, falando baixinho só para a senhora ouvir, a mais velha sorriu feliz e beijou a testa da garota. – Vamos, irmãozinho? – Lua apertou a bochecha de Chay ao passar por ele. Sua voz estava estranha, rouca.Blanco me olhou sem entender a mudança da irmã e eu dei de ombros.

Mel queria passear pela cidade e acabou me convencendo a “velar” o namoro dela e de Chay depois que deixássemos Lua no aeroporto. No caminho até a cidade, Lua sentou no acento do passageiro e eu fui atrás com Chay e Mel. O casal conversava sem parar com o motorista Jeremy, enquanto eu olhava as paisagens do dia muito ensolarado e quente passar rapidamente pela janela e Lua parecia imóvel em seu banco.
Chegando ao aeroporto de Carlisle, Jeremy tirou as malas de Lua do carro e as levou para dentro do prédio, enquanto ela se despedia da cunhada.
- Desculpa por ter sido uma vaca – ela falou baixinho com Mel na calçada do aeroporto – Você não tem culpa de nada, eu não posso descontar em você...
Lua – a namorada de Chay interrompeu –, eu namoro seu irmão há anos, eu sabia que essa era só uma fase pela qual você estava passando.
- Me desculpa, de verdade – ela ainda estava de óculos, então não sei se seus olhos acompanharam o pequeno sorriso que apareceu em seus lábios. Mel a abraçou rapidamente e desejou boa sorte no filme. Então Lua se aproximou de Chay, visivelmente sem jeito.
- Vem aqui, sua pirralha – ele sorriu e abraçou a irmã com força – Por que está agindo assim? Você só está voltando pra casa. Não é como se não fosse te ver nunca mais e você precisasse pedir perdão por ser um pé no saco.
Chay! – Lua exclamou rindo fraco, mas sem se soltar dos braços do irmão – Eu só sinto que tenho que pedir desculpa pelo jeito que andei me comportando... Cansei desse personagem, acho que quero voltar a ser a Lua que não ligava para o que os outros pensam...
O Anjinho do Reino Unido? – Chay perguntou rindo e ela franziu o nariz negando com a cabeça.
- Só se for um anjo bem sexy, estilo Victoria’s Secret – Lua sorriu de lado, fazendo Chay e Mel rirem. Então chegou minha vez. Ela parou diante de mim e não disse nada. Agradeci mentalmente por também estar de óculos escuros e ela não conseguir ler o que se passava na minha cabeça.
- Tchau, Arthur – ela falou rapidamente, ficou nas pontas dos pés e me deu um abraço rápido. Era óbvio que ela só estava fingindo estar tudo bem entre nós porque Chay e Mel estavam olhando. Não respondi nada. Ela pegou sua bolsa e foi procurar Jeremy dentro do aeroporto. 
- Então, dona namorada, o que vamos fazer primeiro? – Chay perguntou ao abraçar Mel pelos ombros e começar a andar pela calçada nada movimentada. Os segui em passos lentos, sem realmente olhar por onde andava. Faltando dois passos para virarmos a esquina, ouvi alguém gritar meu nome. Tive medo de ser alguma fã, mas ao virar... 




Continua...

~Observação:Gente amanhã é o último capítulo de Enjoy The Silence não Percam#~


Adaptação:Larissa Albuquerque                       @LuAr_Eterno_Smp


#ComentemNutellas                                  ~Deixem a autora feliz~


qualquer dúvida sobre a fic ----> ~Clique Aqui U_U~

3 comentários:

  1. POsta mais por favor
    ???? Eu preciso saber quem é que chamou o Thur! É a Lua? EU TO CURIOSAAAAAAAAA!

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  2. posta mais, amei esse capitulo!!!

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  3. postaaa maisssss, por favorrrr

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