Capítulo 7
Convivência!!!!
Créditos:Leh Cullen/Bah
– Se vira. – disse me voltando para o fogão.– Seria mais fácil se você tivesse me deixado no meio da neve a mercê dos lobos não? – perguntei irritada.– O que você quer dizer?– Não é meio obvio? Se eu sair vou acabar morrendo de qualquer jeito... Então porque você não me deixou para morrer de vez?– Eu não deixara ser humano algum, em hipótese alguma, morrer... Não sei antes fazer tudo o possível para salvá-lo! – eu disse irado, eu nunca, mas nunca mesmo deixaria alguém morrer sem antes tentar ajudar.– É eu percebi isso, e salvar as pessoas inclui tirar a roupa delas?– Pensei que já tivéssemos superado esse assunto. – eu disse cansado, ela vai ficar tacando a culpa em mim agora?!
– Pois é! – disse ela irritada e ficou parada encarando algo. Bem... Já não tinha mais volta não é? Afinal o que poderia ser feito, eu a salvei e não a deixaria sair por aí sozinha e correr o risco de morrer novamente.– Tudo bem! – eu disse vencido. – Você pode ficar, mas até essa nevasca passar! – e então ela se grudou em mim e começou a me beijar e me agarrar... Eu estava nervoso e a empurrei um pouquinho sem parecer grosseiro.– Isso vai ser mais difícil do que parece! – eu disse sentindo meu corpo querendo reagir ao contato.– O que você quer dizer? – ela perguntou se soltando de mim.– Nada. – eu disse rispidamente. – Quer café? – desconversei.
Nós tomamos café em silencio, ao que me pareceu ele estava tentando me ignorar. Tudo bem eu não era muito de falar mesmo!
Após o café ele limpou tudo ignorando a minha ajuda e dedicou o seu dia na leitura de um livro, me ignorando completamente. E eu fiquei boiando o tempo todo.
– Onde eu tomo banho? – perguntei depois de horas em silencio.
– No banheiro. – disse ele sem desgrudar os olhos do seu livro e foi então que me dei conta de duas coisas. Primeiro: eu não tinha visto banheiro algum dentro da cabana e segundo: eu estava morrendo de vontade de fazer xixi.
– Er... E onde fica o banheiro? – perguntei sem graça.
Peguei minha mochila e com minhas coisas e fui procurar o bendito banheiro. Tinha uma casinha do lado de fora e entrei nela. Tinha um vaso sanitário e um chuveiro, tomara que tenha energia elétrica aqui! Pesei minhas necessidades, o que era mais urgente? Fazer xixi! Fiz o que tinha que fazer – e tenho que dizer, é muito estranho fazer xixi nesse lugar! – e me despi de minhas roupas batendo queixo de tanto frio, entrei em baixo do chuveiro e abri a torneira, eu necessitava de um banho... Mas quando a água bateu em minhas costas tenho certeza de que meu coração havia parado de bater.– Ahhhhh... – eu gritei desesperada tentando encontrar e torneira para fechar aquela água gelada.– O que foi? – Arthur apareceu no banheiro desesperado.– A água ta gelada. – eu disse chorando.
– Você pensa que é fácil tomar banho em água gelada com essa neve aqui fora e com esse frio de rachar coco? – perguntei indignada.– Para mim é! –disse ele todo insolente e foi então que notei uma coisa... Eu estava completamente nua e ele não desgrudava os olhos dos meus seios.– Seu tarado! – o empurrei para fora dali e ouvi a risada rouca dele que me arrepiou inteira.Calma Lua, você consegue! – Esse era o meu mantra. Eu estava repetindo-o para mim mesma a cerca de dez minutos. Eu ia até o chuveiro ligava, e fechava ao sentir a água gelada. Era muito desesperador isso!Por que meu Deus, por que o senhor foi fazer isso justo comigo que sempre fui uma boa menina e sempre me comportei...Ou é isso ou é casamento com o Pedro, você que escolhe! – disse a voz da minha consciência.
Não era o anjinho que tava me aconselhando agora, porque se fosse ele, ele me aconselharia a colocar minha roupa e entrar na casa, me enrolar em trezentos cobertores e me deitar em frente à lareira... Mas esse diabinho encapetado sempre ficava me dando conselhos bestas como esse, por exemplo! Era isso o que eu pensava enquanto me lavava rapidamente em baixo da água gelada... Odeio meu lado mal!Coloquei minha roupa na velocidade da luz e corri para dentro da casa mais rápido ainda, quando vi eu já estava enrolada em vários cobertores e me aquecia em frente à lareira. Agora era o meu lado bom que comandava. Eu batia queixo de tanto frio, meu lado mal foi muito mal comigo porque ele não me aconselhou a não lavar o cabelo, e eu o lavei, ódio! Agora aqui estava eu com a cabeça molhada e com os cabelos pingando água gelada em minha roupa.– Louca. – ouvi a voz de Arthur, mas ignorei, a minha maior preocupação no momento era ficar bem quentinha. – Você não deveria ter lavado os cabelos. – disse ele em um tom de conversa casual.– Me conta uma novidade. – eu disse emburrada.– Você pode ficar resfriada. – disse ele ainda em tom casual.– Você quer que eu faça o que agora? – perguntei me sentando e encarando-o.
– Hmmm... – aquilo tava tão bom. Parecia uma massagem, e quando ele ouviu meu gemido começou a mover a toalha mais devagar ainda, fazendo eu me sentir mole feito gelatina.– Pronto. – disse ele parando bruscamente a massagem. Vi que ele correu para se sentar na cama e cruzou uma perna por cima da outra como se tentasse esconder algo... Eu hein, que cara estranho!– Obrigada. – eu disse alisando meus cabelos, e meus dedos enroscaram nas pontas. – Droga. – eu disse, por que essa porcaria tinha que enroscar logo agora? Aposto que eu estava com uma juba do tamanho da do Rei Leão!Fui até a minha mochila que estava encostada ao lado da cama e peguei meu pente, começando a pentear esse monte de feno que eu chamava de cabelo. Não me contentei até que ele estivesse bem lisinho.– Seu cabelo é bonito. – disse Arthur.
– Todo mundo costumava dizer isso. – ele disse passando os dedos nos fio bagunçando-os mais ainda, eu é que queria estar ali fazendo aquilo!– Você não disse que sempre morou aqui? – perguntei reparando no que ele havia dito.– É. – disse ele se levantando e indo ate o fogão.– Onde você arruma comida? – perguntei curiosa.– Já estou fazendo um grande favor deixando-a ficar aqui, então se comporte e não faça perguntas. – disse ele ríspido e me calei até o final da noite.Nós havíamos comido em silencio e ele repetiu o ritual do café da manhã e o do almoço, lavou tudo e foi ler seu livro.– Então... – eu disse reparando em um pequeno detalhe. – Aonde você vai dormir? –perguntei.
– Certo. – eu disse meio nervosa ao me lembrar do que havia acontecido naquela cama mais cedo. – E onde eu vou dormir? – perguntei corando de nervosismo.– Boa pergunta. – disse ele meio pensativo. – Só temos uma cama.– Reparei. – disse mais nervosa ainda.– Então teremos que dividi-la já que os cobertores não são suficientes para duas pessoas dormirem separadas. – ele disse me olhando estranho.– Com tanto que você não me agarre de novo. – eu disse retirando minha blusa de frio mais grossa e me embrenhando entre os cobertores.– Não fui eu que te agarrei. – disse ele me olhando bravo. – Foi você que começou a gemer que nem louca e que começou a me agarrar, eu só dei continuidade.– Você poderia ter me acordado. – eu disse meio que escondendo o rosto nas cobertas.
– Não se abusa de alguém que esta delirando. – eu disse meio brava.– Delirando? – ele perguntou com a voz divertida. – Ao que me parece você havia dito que estava sonhando.– Você entendeu o que eu quis dizer. – eu disse e ouvi sua risada rouca, arrepiei de novo. – Boa noite. – eu tentei dar fim naquela conversa.Ouvi que ele havia se levantado e espiei por debaixo das cobertas. Ele tirou a camisa que estava vestindo, em seguida tirou a sua calça de moletom e já ia tirar a cueca quando interrompi.– Ei, ei, ei... Isso aí fica! – eu disse nervosa.– Eu sempre durmo assim. – disse ele me olhando bravo.– Mas se você não notou ainda, você tem companhia hoje... Ou você arrancaria a roupa desse jeito se eu fosse homem? – perguntei erguendo as sobrancelhas sugestivamente e o vi bufar irritado.– Tudo bem. – disse ele bravo vindo se deitar do meu lado.
Continua...
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ResponderExcluirmaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaais
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