19 março 2013

''Enjoy The Silence''





Capítulo 4 

Créditos:Bruna Dugrey 


Acordei assustado. 4:15 AM. A chuva havia parado, isso eu podia ouvir. Sentei na cama e esperei até escutar o barulho que tinha me acordado. Nada. Fui até a janela e me deparei com o céu ainda escuro, algumas estrelas e sem nuvem alguma. Fiquei alguns minutos olhando os campos de ervas, até pensei em tirar uma foto, mas o barulho de algo batendo na água me fez olhar para a esquerda. 
Lua estava boiando na piscina, os braços e pernas relaxados, parecendo uma boneca de pano. Era impossível parar de olhá-la, tão linda, tão calma... Tão parecida com a minha Luinha.
A casa estava completamente mergulhada no silêncio quando passei pela sala de estar. Abri a enorme porta de vidro que dava para o quintal; cheguei à piscina e ela continuava lá, flutuando de olhos fechados. Agora pude vê-la com mais detalhes, desde o leque que seus cabelos formavam debaixo d’água até sua calcinha branca e o sutiã rosa claro. Só percebi que estava parado no mesmo lugar, quando ela abriu os olhos e se mexeu rapidamente, assustada por me ver ali.
- Você é retardado? – era engraçado o jeito que ela tentava tampar seus seios com os braços – Quase me matou de susto.
- Achou que fosse um pedófilo? – sorri me aproximando da beira da piscina, onde sentei.
- Achei que fosse um tarado e estava certa – ela disse ironicamente e nadou para o lado oposto ao que eu estava – O que veio fazer aqui, afinal?
- Te vi pela janela e achei que estivesse morta – eu finalmente estava aprendendo a jogar com as palavras, o novo jogo preferido dela – Queria eu estar certo.
- Entre aqui e faça você mesmo o serviço – o que ela falava não ia de acordo com o que fazia: puxava para perto suas roupas que estavam no chão, pronta para sair da água. De repente ela riu e virou para me olhar – Parabéns, Thur, expressando sentimentos ruins. Gostei de ver que você não é mais o sentimentalista de antigamente.
- As coisas mudam, Lua – coloquei os pés na água morna – Você mudou e isso fez com que os meus sentimentos por você mudassem.
- O que você sentia por mim? - mal as palavras saíram de sua boca, ela já havia mergulhado, cruzando a piscina em poucos segundos e submergiu perto de onde eu estava.
- Eu te amava – respondi sem pensar e não me arrependi. Era passado, não era? Ela fez uma cara de admiração e sorriu ao se aproximar mais, se apoiando em meus joelhos. O corpo estava todo dentro d'água e eu sabia que era proposital, ela estava me distraindo para evitar que eu a olhasse seminua. O que não fazia sentido algum.
- Ok... Você me amava – ela disse pausadamente enquanto se encaixava entre minhas pernas, ensopando minha boxer xadrez – E hoje? O que você sente por mim?
- Nada – respondi sem sorrir, olhando nos olhos dela. Lua me olhou desconfiada e se apoiou na beira da piscina, até seu rosto estar na mesma altura que o meu.
Nada? – ela perguntou baixinho, molhando toda a camiseta branca que eu usava.
- Talvez um pouco de... – eu caí em sua armadilha e baixei os olhos, sua boca tão perto da minha. Então tudo ficou fora de foco. A única coisa que eu via com clareza era ela, como antigamente – Não... Eu te desejo.
Deseja? – ela continuou falando daquele jeito sexy. Ela estava ajoelhada entre minhas pernas, sem me tocar, somente me olhando... Esperando o primeiro passo, como sempre.
- Desejo... E muito – disse num sopro perto dos lábios dela, eu estava desistindo de tentar jogar o jogo dela. Eu a queria, não do jeito que queria antes... Meu corpo queria Lua. Meu coração estava fechado a ela. Há muito tempo.
- Não é o que parece – ao dizer isso, Lua deu um dos seus repentinos, irritantes sorrisos, como se o ligasse e desligasse instantaneamente. Num movimento rápido, eu a segurei antes que voltasse para a água.
- Você provoca e quando consegue, me tira do sério... Acha mesmo que eu vou te deixar sair assim? – ela estava praticamente sentada em meu colo e estávamos a ponto de cair dentro da piscina.
- Sua imaginação é fértil demais, Aguiar – Luinha parecia nervosa, sem saber o que fazer com suas mãos e evitando me olhar nos olhos – Eu não te provoco, só faço perguntas... A imagem que essas perguntas causam na sua cabeça, é problema seu.
- Você não fica curiosa? Sobre as imagens que passam pela minha cabeça? – eu nem me reconhecia, nunca imaginei falar com Lua daquele jeito tão... Malicioso? 
- Eu já vi essas imagens – tirou minhas mãos de sua cintura, pronta para fugir de novo – E não achei nada interessante. – ela não esperava que quando se jogasse de costas na água, eu a puxasse contra mim e caísse junto dela. Ainda submersos, eu a abracei pela cintura e Luinha passou seus braços pelo meu pescoço.
- Eu duvido que se lembre daquelas noites e não as ache interessantes – disse baixo assim que voltamos à superfície; eu tinha uma mão em sua cintura e a outra em sua coxa, mantendo-nos colados um ao outro.
Arthur... – ela disse num sussurro, as duas mãos em meu pescoço e olhando nossos corpos distorcidos pela água – Já passamos dos limites...
- Que limites? – senti um arrepio ao dizer isso e percebi que nós realmente não estávamos mais jogando, as brincadeiras tinham ficado pra trás. Naquele momento ela quase voltara a ser a Lua de antes, aquele jeito de me olhar e o modo que ela mexia nos cabelos em minha nuca.
- Limites que eu estabeleci... Você é só um brinquedinho, lembra? – acho que ela pensou que falando aquilo eu ficaria bravo e a deixaria ir. Ledo engano.
Então aprenda a brincar direito – sussurrei algo sem sentido contra a boca dela antes de colar nossos lábios; passei a ponta da língua e ela aceitou o toque, abrindo a boca e me abraçando com força. As sensações que tive ao beijá-la depois de tanto tempo longe foram indescritíveis, ou melhor, posso apenas dizer que eu senti aquele beijo por todo o corpo, especialmente em uma parte.
A água morna não ajudava em nada a minha tentativa de ficar comportado. Depois de alguns minutos beijando a Luinha, eu já não tinha noção de onde estávamos eu só queria senti-la cada vez mais perto... Cada vez mais minha.
Quando nossas respirações se tornaram altas e descompassadas, comecei a beijar o pescoço da Luinha, enquanto ela passava as pernas ao redor da minha cintura, coloquei as duas mãos em sua bunda e pressionei seu corpo contra o meu.
Thur... – ela suspirou alto. Ela suspirou alto o meu apelido? Sorri contra seu pescoço. É, eu estava de volta ao controle. 
Suas mãos foram até a barra da minha camiseta, que estava completamente transparente, e a puxou para cima, levantei os braços e agradeci mentalmente por estarmos na piscina, isso deixava tudo mais fácil. Ela olhou meu peito e braços durante alguns segundos e ficou levemente corada quando viu o sorriso irônico que eu tinha nos lábios.
- Que é? – a voz dela era baixa e um pouco falha – Eu não sabia que você tinha ficado... Gostoso assim. – era engraçado ver a antiga timidez dela vindo à tona e atrapalhar sua pose de descolada.
- Digo o mesmo – sorri de lado e comecei a andar lentamente até a beira da piscina, onde fiz com que as costas de Lua ficassem encostadas – Você ficou muito gostosa, pra falar a verdade. – encarei seus seios parcialmente submersos, cobertos pelo sutiã de renda rosa e não pensei duas vezes antes de envolver um deles com a mão, Luinha arfou e mordeu o lábio inferior; meu desejo só multiplicou ao ouvi-la gemer baixinho quando massageei seus dois seios com as mãos, alternando meu olhar entre o que eu fazia e o rosto de Lua, que tinha uma expressão de puro prazer. Vê-la daquele jeito foi demais pra mim. Inclinei a cabeça para alcançar com a boca o que até então estava em minhas mãos, Luinha gemeu um pouco mais alto e pressionou sua pélvis contra a minha.
Thur… - a voz dela saiu entrecortada enquanto eu dava pequenas mordidas em seu seio esquerdo e massageava o direito. Eu conseguia sentir o coração dela batendo descontrolado, quase tão frenético quanto o meu. Subi meus lábios pela pele molhada dela, mordi o lóbulo de sua orelha e sussurrei:
- Diz... Com todas as letras... – fiz força contra seu corpo, espremido entre o meu próprio e a parede, e ela gemeu, dessa vez de dor – Diz que querisso... Que me quer... – ela fincou as unhas nas minhas costas e eu não contive uma careta. Doeu, porra!
- S-sonha – ela disse baixinho e mordeu meu pescoço – Você quer... Não eu.
- Não estou te obrigando a ficar aqui e ceder aos meus caprichos – me afastei dela, tirando suas pernas de minha cintura – Pode ir embora quando quiser.
- Você não sabe mentir, nunca soube – Luinha sorriu e se aproximou lentamente, colocou os polegares no elástico da minha boxer e ameaçou tirá-la – Lembra quando dormimos juntos pela primeira vez? Você não conseguia olhar o Chay no dia seguinte, culpado por ter deflorado a irmãzinha do seu amigo... Ele soube antes do que deveria pelo simples fato de Arthur Aguiar não saber mentir.
- Cala a boca – disse pausadamente e segurei seus dois pulsos – Você é uma covarde, quer tanto quanto eu e não admite... – nem tomei fôlego para continuar meu discurso. Aquela garota era maluca! Ela simplesmente soltou seus pulsos e me puxou pelo pescoço, deixando nossos rostos bem próximos, mas não me beijou.
- Mas que inferno, Aguiar! – ela disse baixo, as duas mãos em minha nuca e a respiração ofegante. Minhas mãos estavam em suas costas, a caminho do feixe de seu sutiã, esquecendo completamente do nosso desentendimento segundos antes – Acha mesmo que eu ficaria aqui... Assim... Se eu não quis... – as palavras da Luinha foram interrompidas pelo barulho de pneus freiando na terra. Ela me olhou assustada e disse baixo – Ah, merda, eles voltaram! – se afastou de mim num flash e saiu da piscina, recolheu suas roupas antes mesmo que eu chegasse perto da beira, me olhou de um jeito estranho antes de dizer. – Boa noite, Thur – e então saiu correndo silenciosamente.
***

- Ah, gente, larga o Aguiar aí! – ouvi a voz da Lua assim que terminei de descer as escadas da mansão. O dia amanhecera muito quente. Antes do almoço, eu já me sentia cansado. A noite anterior tinha sido uma tortura, depois de ser largado naquele estado na piscina e ter de subir correndo até meu quarto só pra chegar lá e perceber que estava mais excitado do que tinha percebido. Levei algumas horas para conseguir dormir, mesmo depois do banho gelado. Parecia que eu mal tinha fechado os olhos e o Chay já estava batendo na minha porta, dizendo que o senhor Hansen, administrador da fazendo dos Blanco, iria nos levar aos campos de plantação. Vesti uma bermuda jeans, um tênis qualquer e uma camiseta azul, sem vontade alguma de ir, coloquei óculos escuros e fui me encontrar com o pessoal na entrada principal da casa.
- Fugindo de mim, Blanco? – sorri de lado com a careta que Lua fez ao me ver – As pessoas vão começar a desconfiar que você nutre sentimentos por mim.
- Cala essa boca e entra no carro – ela tentava esconder um sorrisinho ao falar. Fiz o que ela disse logo depois de dar um soquinho no braço doChay e um beijo na testa da Mel, e sentei ao lado de Lua, que usava um short jeans minúsculo, regata branca com uma camisa xadrez vermelha por cima e botas pretas que iam quase até seus joelhos e, claro, os óculos escuros. O carro seguia rápido pela estrada de terra, criando uma nuvem de poeira inclusive dentro dele, fazendo Mel rir das caretas de Lua durante uma crise de espirros.

- Do outro lado da cerca ficam os campos de erva doce – o velho senhor Hansen explicava para um interessado Chay e uma Mel que não parava de tirar fotos, enquanto Luinha e eu íamos mais atrás, andando devagar pelo imenso campo verde, nossas mãos se roçando por estarmos lado a lado – Essas que vocês estão vendo são Camellia Sinensis, que são conhecidas como Chá.
Me desliguei do que a voz rouca do senhor falava, quando senti a mão da Luinha segurar a minha e entrelaçar nossos dedos. Olhei para ela sem entender. Lua era doida, eu sabia, mas quando ela me puxou e começou a correr entre as folhas que batiam na altura da minha cintura, eu comprovei que ela realmente não era normal. Nos afastamos rapidamente do grupo sem fazer barulho. Quando descemos um pequeno morro, Luinha começou a rir e parou de correr, respirando descompassadamente.
- Meu Deus! O senhor Hansen fica mais chato com o tempo! – ela prendeu o cabelo num coque mal feito, levantou os óculos escuros e começou a se abanar com as mãos – Nossa, que calor dos infernos! Que é, Aguiar? Tá me olhando com esse sorriso bobo na cara por quê?
- Já percebeu como está tagarela? – sorri mais ainda, quando ela ficou sem graça e recolocou os óculos, tirando minha visão de suas bochechas rosadas não só pelo intenso sol. – Até me lembra a antiga Luinha.
O Anjinho do Reino Unido? – ela fez careta e eu ri.
- Também... Mas principalmente a... Minha Luinha – ela deu dois passos para trás ao ouvir o que tinha dito, eu me xinguei mentalmente. Não devia ter falado nada.
- A sua Luinha não existe mais, Thur – ela disse sem emoção, virada para a plantação que aparentemente não tinha fim. Estávamos isolados no meio daquelas fileiras de mar verde.
- Por que não? – me aproximei, guardei meus óculos no bolso da bermuda e segurei o queixo da Lua, retirando também os seus óculos – Para de fugir, de se esconder nessa pose de estrela, de se refugiar nessa máscara que você criou, Luinha...
- Você... – ela me interrompeu e sorriu. Era o seu sorriso triste, o que eu não via desde nosso último encontro antes dela pirar.
- Eu o quê?
- Você me fez mudar... A imagem que você fazia de mim... O jeito que falava de mim para as pessoas... – ela parecia não querer dizer aquelas coisas, como se doesse pensar naquilo – E depois, quando eu te vi... Eu não aguentava... Não podia suportar...
- Do que você está falando? – o que eu podia ter feito pra ser culpado pela mudança dela? Justo eu?
- É… Nada, não é nada – ela se afastou de mim, virando de costas e começou a caminhar na direção em que tínhamos vindo – Esquece isso, Arthur.
- Eu não vou esquecer... Como assim eu te fiz mudar? – fui andando atrás dela, que apertou o passo, mas eu a segurei pelo braço e a virei de frente para mim – Ei, olha pra mim enquanto eu falo!
- Uh, o gatinho Aguiar ataca novamente? – ela disse de um jeito completamente cínico, sabendo que me irritaria profundamente.
- Não! Não, Lua, nem vem! Pode tirar esse sorriso do rosto! Não funciona mais comigo! – fiquei puto quando ela sorriu inclinando a cabeça para o lado, como se achasse minha raiva algo meigo – O que você quis dizer com “você me fez mudar”?
- Eu não quis dizer nada, Aguiar, nada! – ela tentou se soltar e pegar os óculos que eu segurava, mas eu não me movi, esperando uma explicação. – Ah, que merda! Me solta!
- Não vou soltar. Não até você me explicar essa historia direitinho!
- Vamos ficar aqui, no meio do mato até eu falar?
- Vamos!
- Que seja, o sol está ótimo, vou pegar um bronzeado – Lua sorriu e fechou os olhos, como que apreciando o calor em sua pele.
- Você é tão patética! – apertei com mais força seu braço e a puxei para mais perto; passei um braço por sua cintura e entrelacei a outra mão em seus cabelos, ela deixou as suas em punho contra meu peito, me olhando sem expressão – Você é infantil, medrosa e bipolar! – disse baixo, meus lábios tocando os dela, sem quebrar o contato visual. Luinha ficou na ponta dos pés e me deu um selinho, se afastou sorrindo de um jeito... Fofo. Um jeito que eu não a via sorrir há tempos. Sorri também e encostei minha testa na dela, nossas respirações estavam aceleradas pela corrida e pela situação como um todo. Luinha levou as mãos até minha nuca e a arranhou sem dó, soltei o ar pesadamente pelo nariz, mas não gemi. 
- A gente não vai se pegar aqui no meio do mato, na terra! – ela riu se afastando de mim e recomeçando a andar pelo estreito de terra vermelha entre as arvorezinhas de chá.
- Ah, Luinha! – reclamei e fiz careta, rindo ao segui-la pelo caminho – Volta aqui.
- Não, Thur! Nós dois sabemos onde vamos parar... E não quero que seja na terra! Que nojo! – isso não havia mudado, sempre fresca.
- Então você quer que aconteça... Só não aqui? – a abracei por trás e continuamos andando assim por alguns metros até eu começar a beijar o pescoço dela, que se arrepiou e começou a rir – Responde o que eu perguntei.
- O que você perguntou? – ela colocou suas mãos por cima das minhas, que estavam espalmadas em sua barriga, encostou a cabeça no meu ombro deixando seu pescoço livre para receber meus beijos.
- Se quer que aconteça... – repeti com a boca colada em sua pele, dei uma leve mordida fazendo Luinha apertar minhas mãos contra si.
- Aconteça? O quê? – a voz dela estava fraca quando paramos de andar.
- Você sabe o quê – subi a mão direita até o seio esquerdo dela, sentindo seu coração bater forte e sua respiração mais uma vez estava descompassada.
Podia ser o calor, o sol, o fato de que para qualquer lado que olhasse não visse nada além de plantas, mas não. Eu estava agindo daquele jeito porque era ela... Era a Lua que estava ali. Isso mudava tudo. Todas as regras desapareciam.
Não esperei uma resposta dessa vez. Apalpei o seio com força e prensei mais seu corpo contra o meu, fazendo Luinha suspirar. Ela ficou de frente e me puxou pela nuca, grudando nossos lábios sem pensar duas vezes. Quando nossas línguas se encontraram, foi como se não houvesse nada além da Lua no mundo. Segurei seus cabelos intensificando o beijo e mantive a outra mão na base de sua coluna. Ela colocou os dedos indicadores nos passantes do cinto da minha bermuda, deixando nossos corpos completamente unidos durante o beijo que ganhava mais velocidade a cada segundo, nos deixando sem fôlego mais rápido do que o previsto. Desci minha mão até sua coxa e a puxei até minha cintura, enquanto beijava seu pescoço;Luinha se empolgou ao passar os braços pelo meu pescoço e nos fez perder o equilíbrio... Cai de bunda no chão, com ela desajeitadamente em cima de mim.
- Para de rir, sua desastrada! – mesmo a repreendendo eu gargalhava junto; coloquei-a em meu colo, as pernas ao redor da minha cintura, deixando-a de frente pra mim. O tombo não havia sido de todo mal. Aquela posição me agradava. E muito.
- Ah, Thur! Eu avisei sobre a terra e... – falar pra quê, Lua? Quando o que estávamos fazendo era tão melhor? Puxei-a pela nuca e dei alguns selinhos demorados em sua boca; nenhum de nós ousou fechar os olhos. Ela me encarava um pouco séria, até que em um dos selinhos, Luinha mordeu meu lábio com força me fazendo ofegar. – Não reclama, fofinho, só vou te fazer pagar por me trazer pro meio do mato. – dei o meu melhor sorriso cafajeste ao ouvir o que ela disse e aos poucos fui tirando a camisa xadrez que ela usava, a deixando somente com a regata branca, que mostrava um pouco seu sutiã.
A partir dali, não dissemos uma palavra sequer.
Suspiros e gemidos eram ouvidos o tempo todo... 
Quando Luinha puxou a barra da minha camiseta e eu a ajudei a jogá-la longe. Quando eu tirei sua regata e beijei, segurei e mordi seus seios ainda escondidos pelo sutiã preto muito sexy que ela usava. 
Quando ela começou a se mover lentamente sobre mim, como se estivéssemos realmente no ato, me deixando em um estado quase entorpecido de tanto êxtase.
Não sei como ninguém ouviu o alto gemido que escapou do fundo da minha garganta quando ela, inesperadamente (ok, não tão inesperadamente assim), abriu o zíper da minha bermuda e colocou a mão lá dentro. Lua sorriu. Não o seu novo sorriso cínico, nem o pervertido. Ela simplesmente sorriu e me deu um selinho no exato momento em que sua mão encontrou o que tinha dentro da minha boxer. 
Era surreal. Luinha ali, sentada no meu colo, seminua e me levando ao delírio com os movimentos lentos que fazia com a mão. Tortura, era isso. Ela estava me fazendo pagar por tê-la levado para o meio do mato.
Espalmei minhas mãos em sua bunda, puxando a Luinha pra mais perto ainda, ao mesmo tempo em que mordia seu lóbulo; sem perceber nós dois nos movíamos de acordo com a velocidade que ela envolvia meu amiguinho, que de “inho” não tinha nada. 
Estávamos suando debaixo do sol forte, mesmo com as sombras que a plantação projetava no chão, o calor era quase insuportável. Quase. 
Tenho certeza que deixei a Luinha marcada, tamanha era a força que apertava suas coxas e bunda. Afinal, foi o meio que eu encontrei de retribuiro que ela fazia comigo. Ela mordia o lábio inferior, numa expressão entre prazer e concentração. Linda, ela estava mais linda que o normal.
Consegui me segurar por mais alguns minutos, arfando e gemendo baixo devido aos movimentos rápidos que ela fazia, e então cobri sua mão com a minha, fazendo Luinha me olhar com uma sobrancelha arqueada.
– Não aguento mais – sussurrei falhamente e ela deu um sorrisinho, me deixando guiá-la; me esforcei para não fazer muita bagunça e Lua riu disso. Depois se afastou de mim, começando a juntar nossas roupas enquanto eu me recompunha.

- Acho que eles estão aqui! – ouvimos Mel gritar segundos depois de terminarmos de vestir as roupas. Lua arrumou o cabelo num rabo de cavalo bem alto e colocou os óculos. Eu tentava tirar um pouco de terra que ainda estava grudada na bermuda quando a namorada do Chay chegou em passos rápidos até onde estávamos. – Graças a Deus, estão vestidos... Tive que correr e gritar feito doida pra vocês me escutarem antes do Chay encontrá-los – as bochechas dela estavam coradas e ela parecia sem fôlego – E pelo visto eu estava certa sobre o desaparecimento dos dois... – ela sorriu de um jeito acusador e eu gargalhei.
- Valeu, Mel, você salvou meu p... Minha vida! – corrigi a frase na hora certa e até Lua riu.
- Obrigada, cunhadinha – ela disse, caminhando na direção da voz do irmão e do senhor Hansen. A acompanhei com os olhos, impressionado com o fato de quem a olhasse, jamais imaginaria o que ela fazia poucos minutos antes.
- Por isso ela é assim – a voz de Mel me despertou do transe que era olhar Luinha andar. Fiz cara de desentendido e ela sorriu – A Lua só age desse jeito por sua causa... Pra chamar sua atenção. E quando consegue, te deixa aí... Babando.
***

O resto da tarde passou tranquilamente... Fiquei um pouco na piscina, enquanto Chay e Mel saíram para cavalgar (sim, eu fiz algumas piadas sobre isso, mente poluída). Fiquei sozinho na piscina; assim que voltamos para casa, ela entrou em seu quarto e não saiu mais.
***

Os dias passaram sem maiores eventos... Chay e Mel saiam sempre para passear.
Lua e eu? Bem... Ela estava diferente. A cada dia eu percebia uma mudança. Pode parecer muita prepotência, mas ela parecia, aos poucos, voltar a ser a Lua de antes quando estava perto de mim.


Continua...

Adaptação:Larissa Albuquerque                       @LuAr_Eterno_Smp


#ComentemNutellas                                  ~Deixem a autora feliz~


qualquer dúvida sobre a fic ----> ~Clique Aqui U_U~

3 comentários:

  1. bom eu estou amando a web novela ejoy the silence, legal, ne.

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  2. Essa web é a melhor, cara! estou in love <333 ++++++++++++++++++++++

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  3. I Love You Enjoy The Silence ++++++++ PLEASE !!!

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