20 maio 2013

'' A Cabana ''




Capítulo 12




Créditos:Leh Cullen/Bah


PDV Arthur

Eu estava ansioso e preocupado. Lua já tinha saído há muito tempo, claro que eu a vi rondando em volta da cabana, totalmente sem noção de por onde ir, mas depois de um tempo ela parou de aparecer. Eu não sabia o que fazer, já estava quase anoitecendo e eu sabia que logo os lobos apareceriam, eu me preparava para ir procurá-la quando ouço as suas batidas desesperadas na porta. Quando a vi, ali bem na minha frente, senti como se dez quilos evaporassem de meu corpo e pude sentir uma onda de alivio, ela se jogou contra mim me abraçando apertado e suspirei aliviado ao sentir seu calor.

– O que aconteceu? – perguntei nos levando para dentro da cabana.

– Você não me disse que tinha lobos por aqui. – meu coração deu uma guinada, será que eles tentaram atacar ela? Não, se eles tivessem tentado ela não estaria em meus braços agora, meu coração ficou apertado com esse pensamento.

– Você não perguntou. – eu disse acalmando-a e então ela se afastou de mim.
– Eu tinha me perdido, então sentei em uma arvore para descansar e acabei dormindo, acordei e já era quase de noite e ouço uivos, eu quase morri de medo! Nunca mais vou embora daqui! – ela disse.

– Então teremos que chegar a um acordo. – eu disse tentando me mostrar calmo diante a nossa situação.

– Que acordo? – ela perguntou.

– Que tudo o que acontecer entre nós dois foi porque ambos queriam e nada de ficar tacando a culpa em mim depois. – eu disse só para ter o prazer de vê-la corar de vergonha. Aquela cor em sua pele era irresistível, me deixava louco de vontade de agarrá-la, querendo sempre mais do que eu poderia ter dela. Claro que tínhamos que chegar a esse acordo, essa era uma via de duas mãos, não mão única, ambos teríamos que estar de acordo quando acontecesse algo entre nós.
– Me desculpe. – ela disse tímida, e então ficou com uma expressão pensativa. Às vezes eu queria ter o dom de ler mentes só para ver o que se passava na mente daquela garota insana, mas eu tinha muita certeza de que se eu pudesse ler mentes, sua mente seria a única que eu não conseguiria ler, ela sempre teria o dom de me surpreender cada vez mais, ela não era previsível de forma alguma, sempre vinha com algo para me surpreender, o que era bom, pois a intensidade com que ela agia me fazia sentir-me vivo a cada dia a mais que eu passava ao lado dela.

– Você não concordou. – eu disse ao ver que ela não deu a resposta que eu queria.

– Tudo bem... Mas nada de avançar o sinal ok! – ela disse e eu fiquei confuso. Nós já não tínhamos avançados alguns sinais mais cedo? Eu pensei que ela também queria...

– Como assim? – perguntei confuso.
– Eu ainda não estou pronta para... Ah você sabe! – ela estava muito vermelha... E ao ver o modo com ela estava meio desconfortável com o assunto foi que entendi. Ela ainda era virgem!

– Eu não pretendo fazer nada que você não queira também, eu nunca te forçaria a nada. – eu disse calmo. Claro que eu nunca faria nada que ela não quisesse, mesmo que ela não fosse mais virgem. Mas a idéia de ser o único que já esteve nela era muito tentadora, tentadora demais até. Saber que eu seria o único a ter a chance de ver seu rosto transbordar prazer... Achei melhor parar com esses pensamentos se não eu teria que descumprir a minha promessa e então eu iria atacá-la e fazê-la minha!

– Ok. Agora eu quero comer alguma coisa, tou morrendo de fome! – disse ela indo até o fogão, onde tinha uma panela cheia com sopa de legumes quentinha estava esperando por ela. – O cheiro esta ótimo. – ela disse.

– Que bom que você gosta. – eu disse me colocando atrás dela, mas sem tocá-la, eu poderia perder o controle se o fizesse!
Depois seguimos a mesma rotina dos dias anteriores. Comemos em silencio, eu lavei a louça e fui ler um livro, enquanto ela se deitava em minha cama. Eu só conseguia pensar nela e no que havíamos compartilhado mais cedo e na agonia que senti enquanto ela estava lá fora sozinha, sem saber o que havia acontecido com ela.

E se ela tivesse encontrado o caminho de volta? E se ela realmente tivesse se perdido e não encontrasse o caminho de volta até mim? E se os lobos a tivessem encontrado antes de ela conseguir achar o caminho de volta?...

Eu estava curioso sobre ela. Eu queria conhecê-la cada vez mais, me sentia sedento por informações. Claro que eu sabia o tipo de pessoas que os pais dela eram, eu já havia ouvido falar deles e já havia os visto antes, em meu antigo ramo profissional eles eram bem conhecidos, mas eu nunca tive a oportunidade de conhecê-la, talvez se eu a tivesse visto antes, tanto sofrimento teria sido poupado e... Cortei essa linha de pensamentos e me foquei nela.

– Então... – eu disse a encarando, tentando puxar assunto.

– Então o que?
– Porque você esta fugindo mesmo? – perguntei querendo saber mais dela.

– Porque meus pais querem que eu case com um cara que eu não amo. – eu não conseguia formar essa imagem em minha mente, a imagem dela se casando com outro.

– Mas você não precisa fugir para isso, você já pensou em dizer “Não”? – perguntei.

– Você não conhece meus pais, “não” para eles não tem significado algum. A minha vida inteira eles me obrigam a fazer as vontades deles, que roupa usar, com quem conversar o que comer... Tudo! Não foi só por causa do casamento que eu fugi isso só fez a bomba explodir! Eu me sentia sufocada dentro daquela casa. – eu entendia muito bem o que ela queria dizer. Apesar de meus pais terem sido os melhores, me apoiado em todas e quaisquer decisões que eu tomava para a minha vida, eu sabia que havia muitos pais manipuladores e que agiam pelo próprio bem. Os Blanco eram assim, mas eu sabia que ela era a exceção, ela não parecia ser o tipo de pessoa egoísta que pensa somente no próprio bem. Ela era a “ovelha negra” daquela família, e eu me senti grato por isso.

– Mas você não tem amigos para te apoiar? – perguntei curioso.
– Claro que eu tenho, a Mel e o Micael me dão a maior força, mas o que eles poderiam fazer contra os meus pais? – ao ouvir os nomes me arrumei em minha cadeira, de repente a minha ânsia por saber mais dela se tornou uma necessidade.

– Como são esses seus amigos?

– Porque quer saber?

– À toa, gosto de julgar o caráter das pessoas. – disfarcei minha curiosidade.

– Bom... A Mel é uma força da natureza, ninguém consegue dizer não para ela, ela parece o Gato de Botas do Sherek com aqueles olhinhos pidões quando vê um sapato novo. – eu dei uma risadinha imaginando. – Eu a amo, ela é a minha melhor amiga, fazemos tudo juntas! Já o Micael... Ele é uma figura, faz todo mundo rir, mas é muito convencido se acha o cara só porque era o capitão do time de basquete da escola, ele e a Mel são únicos. – eu podia imaginar, eles deviam ser realmente ter se tornado boas pessoas... E ela parecia realmente gostar deles, o que era bom.
– E esses seus amigos tem mais irmãos ou são só eles?

– Ele tem um irmão mais velho, mas não sei o nome dele e nunca vi fotos na casa deles, eles não falam dele, só dizem que sentem a sua falta e que respeitam as decisões dele.

– Há quanto tempo você está em Forks, Lua? – perguntei tentando esconder meu maior interesse, se eu continuasse por esse caminho lembranças dolorosas invadiriam minha mente...

– Um pouco mais de dois anos. – eu disse. – No começo eu não tinha amigo nenhum, até que um dia eu derramei suco em minha roupa lá na escola... Mel estava no banheiro e me ofereceu ajuda. Acredita que ela sempre tem uma muda de roupa na mochila? – eu ri da cara que ela fazia ao ser lembrar de Mel.

– Seus amigos parecem ser de boa índole. – eu disse pensativo. – Eles namoram?
– Namoram, e sabe o que é mais engraçado? Eles são irmãos gêmeos e namoram irmãos gêmeos, Chay e Sophia Abrahão, uma figura esses quatro juntos, eu também gosto muito dos Abrahão, mas eles são muito reservados, fico imaginado que se um dia eles resolverem ter filhos, que eles terão uma multidão para criar. – agora, depois de muito tempo eu ria livremente e sem barreiras, era bom poder ouvir coisas boas como essas... Saber que o mundo lá fora estava bem e seguindo em frente sem mim.

– E você tem namorado? – perguntei e a vi corar. De repente minha atenção foi mais presa ainda. Ela tinha namorado? Se ela tivesse o que eu faria?

– Não. – ela respondeu corando mais ainda.

– E porque não? – eu a pressionei mais interessado ainda, muito aliviado por ter ouvido um “não” vindo dela.

– Não tenho boas experiências com namoros.

– Por quê?
– Porque o cara que eu dei meu primeiro beijo era gay, ele só se aproximou de mim porque achava o Micael um tesão... Bernardo desgraçado! – então não me contive mais, soltei uma gargalhada ao ouvir isso. – Qual é desgraça dos outros é colírio agora? – continuei rindo, mal dando atenção a ela. – Ei, isso não é engraçado!

– Muito pelo contrario, você não faz idéia de como isso é engraçado! – eu disse e continuei rindo e então ela se levantou e deitou de costas para mim.

Já fazia um tempo que ela estava deitada de costas para mim, eu fiquei esperando que ela voltasse sua atenção para mim, mas ela não o fez. Ela deve ter ficado realmente chateada, mas poxa vida foi muito engraçado, ainda mais ao saber do motivo e dos envolvidos, ela nunca poderia imaginar o quão engraçado aquilo era para mim. Levantei-me e me deitei ao seu lado.

– Não fica chateada não. – eu disse abraçando-a por trás.

– Ta bom. – ela suspirou pesado e sorri.


Continua...

#ComentemChocolates;;*                           ~Deixem a autora feliz~


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3 comentários:

  1. ++++++++++++++++ por favorrrr

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  2. Oii a Vick deve ser da equipe do seu blog né ? ela participou tipo que uma '' Promoção '' do blog Tudo Em 3
    vocês ganharam um layout do sears-productions.blogspot.com
    ganharam da Pollyana ! posso fazer das Girls Generation ?

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  3. heyy .. comecei a ler hoje e ameii.. posta mais um hoje por favor !!

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