07 julho 2013

'' O Professor ''




Capítulo 3



Créditos:Plástic Rebeldes

"Quer jantar comigo amanhã à noite? Poderíamos dançar depois o que acha?"

"Você dança?"

"Se supreenderá com tudo o que posso fazer".

E ela ficou corada diante da ambiguidade da frase.

A semana se passou e cada dia Lua ficava mais intrigada. Arthur não fazia nada além de beijá-la. Certo que os beijos estavam cada vez mais intensos, e ele sempre a levava as alturas com os lábios, mas não passavam de beijos.

Ele não a tocava ou tentava tocar, não insinuava nada, não a convidava para a casa dele, nada que indicasse que teriam sexo.

Ela ficava cada vez mais tensa sobre quando iniciariam de fato as aulas sobre as quais falaram.

Era domingo, estavam voltando de uma boate. Lua estava meio alta pelo vinho que tomara. Arthur era uma companhia adorável, sabia fazer rir como também sabia ouvir nos momentos certos.
" A regra numero dois diz: Confie em mim"

"Não disse que não confiava em você, apenas quero saber para onde vou".

"Vai para o céu".

Foi tudo o que ele disse.

Lua não o questionou mais, apenas recostou o rosto ao vidro do carro e observou a paisagem.

O carro de Arthur diminuiu a velocidade e entrou no estacionamento de um prédio.

"Onde estamos?"

Ela indagou.
"É hora de minha namorada conhecer minha casa".

"Conheço sua casa, e não é essa".

"Esta é minha outra casa". - Ele disse.

"Seria esta a casa onde você leva sua 'namoradas' para encontros nada inocentes? " - Ela perguntou alfinetando-o.

"Não - ele foi firme - Não costumo namorar Lua. Minhas conquistas eu prefiro levar a motéis. este lugar é muito intimo e eu gosto de tratá-lo como meu santuário. Esta casa foi de meus pais. - ele continuou - Como ambos estão morando nos Estados Unidos agora, ficou para mim. Venho aqui quando quero paz".

Ela ficou vermelha com a resposta dele.

"E o que estou fazendo aqui".

"Está me conhecendo. Conhecendo todas as partes que me compõem. Quero que você seja capaz de me traduzir Lua. Entre nós deve prevalecer o máximo da intimidade, Só assim funcionará."
"Arthur eu gostaria de saber o que você preten..."

Mas a frase foi suspensa e esquecida quando ele encostou o dedo indicador em seus lábios.

"Agora chega Lua, é hora de se calar. Estamos aqui por um bom motivo. Teremos nosso primeiro contato intimo. Queria que as coisas fluíssem, mas você não é nada fácil de lhe dar".

"Você quer dizer que vamos..."

"Vamos" . - Ele disse "Mas não há necessidade de nomearmos isso, ainda não sabemos qual será o desfecho. Preciso que entenda que há muitas maneiras de se fazer sexo". - Ele disse isso e se dirigiu ao bar da sala servindo-se de Whisky - "Aceita"?
Ela afirmou, já estava bastante nervosa.

"Existem linguagens de baixo e alto calão para denominar o ato sexual, o fato é que todas elas o definem bem, dependendo da situação." - Ele entregou a bebida a ela - "Podemos fazer amor, se o ato for calmo e gentil, podemos transar se ele for sensual e intenso se for carnal. Sexo romantico, sexo selvagem, não importa. Apenas o denominamos no fim, quando finalmente entendermos o que fizemos. Compreendeu?"

Ela afirmou. A respiração cada vez mais desregrada com as palavras que ele proferia.
"A primeira coisa que vou fazer é mostrar a você o que eu costumo chamar de ritual de reconhecimento. Irei reconhecer seu corpo, assim como você reconhecerá o meu. Vou explorar você, com minhas mãos, minha boca e minha pele. - Ele dizia cada palavra olhando nos olhos dela - E você tentará se libertar de seus pudores e recatos e fará o mesmo em mim".

Ela continuou parada. Ele se aproximava cada vez mais, Já podia sentir o doce aroma do seu hálito, mas Arthur recuou. Ela não compreendeu, mas logo o viu baixar a luz do quarto.
"Vamos tornar tudo mais interessante Lua. Vamos brincar com os sentidos. O ato sexual tem tudo haver com exploração de sentidos".

Ele voltou-se para ela, mas antes se deteve em uma escrivaninha pegando algo de dentro. Quando já estava próximo o bastante, mostrou-se a venda preta que trazia na mão. Ela recuou dois passos.

"Não". - Ele disse simplesmente e ela voltou para o lugar.

Arthur prostrou-se em frente dela, com o semblante sério e carregado.

"Esta é sua chance de desistir cachinhos dourados. - ele disse com suavidade apesar da dureza em sua face - Se não quiser prosseguir, pare e recue agora. Mas adiante não a deixarei me deter, se persistir nas...aulas...Terá que seguir até o final disto. O que me diz".

A respiração dela era irregular e pesada.
Sempre imaginara Arthur como um amante quente e sensual, mas agora que estava diante dele, e conhecia a verdade, soube que ele era muito mais que isso.

Continua...

#ComentemChocolates;;*                           ~Deixem a autora feliz~


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