07 julho 2013

'' A Cabana ''




Capítulo 13

A verdade

Créditos:Leh Cullen/Bah

– Fica de frente pra mim. – eu a virei de frente para mim e a encarei em seus olhos cor de mel, só que agora eles eram de um mel derretido e fui eu quem causou esse efeito nela. – Você ta chateada ainda? – perguntei.

– Um pouquinho. – ela disse fazendo um biquinho que fez meu coração perder o compasso da batida.

– Desculpa. – eu sussurrei bem baixinho, olhando em seus olhos, totalmente sincero, eu não a queria chateada comigo.

– Ta bom. – ela disse de um jeito bem fofo.

– Não foi convincente. – eu disse malicioso e quando ela me olho dei uma beijo delicado no canto de sua boca, ela estremeceu. – Você me desculpou?

– S-sim. – ela estava gaguejando, aquilo era um bom sinal, um ótimo sinal se quer saber.
– Eu acho que não. – eu disse colando meus lábios aos seus. Era delirante a sensação, como estar no paraíso e provar da fruta proibida.

Beijamo-nos com calma e sensualidade, mas quando suas mãos infiltraram meus cabelos deixei um gemido sofrido escapar e colei mais ainda seus lábios aos meus, não deixando parte alguma de sua boca de fora da minha. Eu estava em toda parte, ela estava em toda parte, mas o ruim de ser humano era que você precisava respirar, eu não queria e sabia que ela também não. Separei-me com muita má vontade dela.

– Agora você me desculpou. – eu disse ofegante pelo beijo.

– Idiota. – ela disse também sem fôlego e eu ri.

– Já recuperou o fôlego? – perguntei depois de um tempo recuperando a respiração.

– Já por quê? – não respondi e voltei a beijá-la.
Naquela noite nada mais intimo rolou entre a gente, mas eu sentia que nada era tão intimo do que o que estávamos fazendo. A troca de beijos era o símbolo da confiança, e a maneira como ela retribuía a mim me deixava transbordando de contentamento. Ela confiava em mim e eu podia muito bem ver isso, eu tinha certeza de que eu faria de tudo para que não perdesse a sua confiança nunca.

Eu sabia que uma hora encararíamos o mundo lá fora, mas eu ainda não estava pronto para isso, eu podia curtir o que tínhamos enquanto isso, a sensação de tê-la ao meu lado.

Com o tempo eu me sentiria mais livre em poder compartilhar meu passado com ela, e então depois disso, me sentiria livre para encarar o mundo lá fora, mas eu queria que ela estivesse ao meu lado, eu só não entendia muito bem os meus motivos ainda.
PDV Lua

No dia seguinte a rotina foi à mesma, ouve apenas uma mudança que fez todo o meu mundo cair. Sempre que era possível, nossos lábios estavam colados. Tomamos café-da-manhã, ele lavou a louça e foi ler um livro. E eu fiquei deitada boiando sem saber o que fazer. O que se tem para fazer no meio do mato de interessante? Resolvi questionar.

– Então... – eu disse e ele levantou seus olhos de seu livro. – O que se tem para fazer de divertido por aqui? – perguntei e ele abaixou seu livro revelando o sorriso mais malicioso que já vi em via o tipo de sorriso que o diabo dava quando via alguém se ferrar...

(...)              
– Não Arthur eu to te falando assim não vai dar! – eu disse olhando pra ele irritada.

– Deixa de ser teimosa, você vai ver como aprende rapidinho. – disse ele se posicionando atrás de mim.

– Arthur... –eu gemi segurando aquele negócio com as mãos.

– Fica quieta e me escuta. – disse ele perto do meu ouvido, arrepiei. – Agora você endireita o corpo, abre as pernas... – ele me deu as instruções. – Agora levanta o machado e bate certeiro no meio da tora. – disse ele segurando em minha cintura para me dar equilíbrio. (N/A: Pensaram coisa errada né? Rs).

Essa não era bem a minha idéia de diversão quando perguntei! Quem disse que eu quero aprender a cortar lenha? Será que Arthur não sabe que um negócio cortante e pesado, tipo um machado, em minhas mãos era letal?

– Eu não vou conseguir. – eu disse.
– Consegue sim. – disse ele apoiando o queixo em meu ombro direito sussurrando.

– Consigo não. – eu ofeguei quando senti ele se apertar mais a mim.

– Tenta pelo menos. – disse ele apertando minha cintura, como ele quer que eu me concentre assim?

– Ta bom. – eu disse erguendo aquele machado pesado.

Eu o ergui bem alto, mirei o centro da tora e o abaixei com tudo bem no meio da tora. A bichinha deu seu ultimo suspiro e então se partiu ao meio.

– Ahhhhhhhh... – eu disse largando o machado no chão e comemorando, fazendo com que ele se afundasse na neve. – Eu consegui! Eu consegui! – eu cantei me virando radiante pra ele.

– Eu disse não disse? – ele disse sorrindo divertido e então ver aquele sorriso foi demais para mim e eu não resisti.
Ataquei seus lábios com ferocidade, com vontade. Ele me apertou mais contra si. Nossas mãos curiosas passando a mão por todo o corpo um do outro, quando suas mãos chegaram ao meu bumbum me apertaram forte, e me impulsionaram para cima, fazendo com que eu abraçasse sua cintura com as pernas. Então ele começou a andar de volta para a cabana.

Quando entramos no calor confortável da cabana ele me prensou contra a parede, me amassando apertando, beijando, suspirando e gemendo. Toda vez que era necessário respirar nossas bocas ia para o pescoço do outro.

Ficamos nessa agarração por um bom tempo. Eu estava deitada em sua cama com ele por cima, nos beijávamos com calma, sem pressa para parar, suas mãos massageavam preguiçosamente meus seios, eu mal sabia como elas haviam ido parar ali, eu só sabia que não queria é que elas saíssem dali, nunca.

Depois de um tempo ficamos apenas deitados, agora eu estava deitada por cima dele, com o rosto em seu peito, sua mão ainda apertava meu seio, era meio difícil manter concentração assim!
– Arthur? – eu olhei para cima e ele estava lindo de olhos fechado apenas curtindo o momento.

– Hmmmm.

– Me fala mais sobre você. – eu pedi me ajeitando para poder ver seu rosto melhor, não sei se foi inconsciente ou consciente, mas sua mão apertou com um pouco mais de força o seio que ele segurava, mas elas não saíram dali, eu sorri internamente.

– O que quer saber? – ele perguntou.

– Tudo, eu sei que você não morou aqui sempre. – eu disse. – Aconteceu algo em sua vida que fez com que você se fechasse aqui e se mantivesse longe do mundo não é? – perguntei e ele afirmou com a cabeça, seus olhos presos em mim. – E o que foi que aconteceu? – ele suspirou e esperou um momento para poder falar.

– Minha esposa e minhas filhas morreram em um acidente de carro causado por mim. – disse ele com a voz carregada de dor e eu pude sentir sua dor, sua mão tentou sair debaixo da minha blusa, mas sem pensar coloquei minha mão por cima para mantê-la ali, ele deu um sorrisinho triste.
– Como? – foi só o que perguntei.

– Estávamos indo embora da festa de noivado de minha cunhada, eu havia bebido duas ou três taças de vinho, sempre fui um bom motorista e não me importei, a bebida nunca subiu na minha cabeça daquela forma... Minhas meninas estavam no banco de trás do carro dormindo, elas eram gêmeas, minha esposa e elas nem sentiram dor, eu perdi o controle do carro e capotamos. – eu vi que seus olhos estavam cheio de lágrimas, eu queria interrompê-lo, mas então eu percebi que ele nunca havia falado sobre aquilo com ninguém. Ele precisava colocar para fora aquele sentimento, e eu estaria ali por ele. – Nem pude ir ao enterro delas, fiquei dois meses em coma no hospital. – e de repente a imagem de Arthur deitado em uma cama de hospital em coma, todo cheio de machucados encheu a minha mente, deixei que minhas lágrimas criassem vida própria, eu não conseguia conte-las.

– Sinto muito. – eu disse vendo a sua dor, eu queria poder arrancar aquela dor de dentro dele e jogá-la fora, se pudesse a sentiria por ele, me sentia impotente por não poder fazer nada por ele naquele momento, só confortá-lo.

– Já faz dois anos. – ele disse de olhos fechados.

– Se eu soubesse... Eu... Sinto muito, mesmo! – eu segurei sem seu rosto para que ele pudesse me olhar e visse que eu falava serio.
– Nunca falei disso com ninguém, foi bom poder descarregar a culpa. – ele disse.

– Arthur você não foi culpado, eu sei que é doloroso, mas...

– Lua não tente amenizar a minha culpa. – disse ele furioso agora, sua mão saiu de baixo da minha blusa e eu me senti vazia. – Eu fui culpado entendeu? Eu machuco e magôo todas as pessoas que amo, todos perto de mim sofrem... Ou morrem. – disse ele agora chorando.

– Shhhh... – eu disse confortando-o, me sentei em seu colo e o abracei, trazendo seu rosto para o meu peito e massageando seus cabelos. – Eu estou aqui não estou e eu não estou machucada. – eu disse. – Só sofrendo por te ver assim, mas isso não é culpa sua. – eu disse.

Continua...

#ComentemChocolates;;*                           ~Deixem a autora feliz~


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